Estudar Astrologia nos faz levantar algumas questões:
A astrologia se posiciona como o principal veículo, como uma ferramenta milenar para compreender o “Todo”, e, também, como os fundamentos primordiais da “ciência”.
Será?
Alguns astrólogos às negligenciam, outros apresentam as questões existenciais claramente.
Porém, antes de tudo, é fundamental priorizarmos a compreensão do conceito “sistêmico”, do conceito “mecânico” e do conceito “orgânico” a fim de evitar negligenciar as questões existenciais presentes no campo de estudo da Astrologia.
Por exemplo:
a) Na administração temos um movimento pragmático desses conceitos, apresentado em um livro interessante intitulado Imagens da Organização, de Gareth Morgan, no qual a ideia central do livro é comparar uma estrutura administrativa de uma organização, por um lado vista como uma maquina e a organização por outro lado, vista como um organismo. É uma questão existencial da organização. O livro traz de forma bastante clara os conceitos de mecanicista e orgânico.
b) Na medicina, atualmente a epigenética vem rompendo paradigmas. É o movimento conceitual que ao meu ver, está bastante acessível, posto que temos como foco a interdisciplinaridade. São referências desse movimento de interdisciplinaridade grandes contribuições advindas de importantes obras que nos apresenta o saber pragmático, por exemplo autores como Thomas Kuhn, Rupert Shaldrake, Bert Hellinger, Dane Rudhyar e André Barbault. Voltando à medicina, na epigenética podemos encontrar os conceitos de “sistêmico”, “mecânico” e orgânico. E na aplicabilidade da epigenética e as pesquisas realizadas no campo da medicina, é comum encontrar os paralelos entre algumas doenças psicossomáticas que se apresentam pelas influências da mãe imprinting materno, por exemplo: síndrome de Angelina (epilepsia, tremores, etc) A epigenética também apresenta como uma doença de imprinting genômico, a obesidade, que se relaciona com o imprinting paterno.
A medicina, tal como a percebemos atualmente no campo da ciência, sempre abriu espaço para os saberes interdisciplinares buscando seu aperfeiçoamento. No final do século XIX, alguns médicos estudaram a relação dos sintomas físicos em seus pacientes, e apresentaram a estreita correlação com a estrutura da psique, derivaram importantes teorias e conceitos. Entre eles: Georg Groddeck +1934(estruturas da psicossomatização), J.M. Charcot +1893 (fundador da neurologia) J. Lacan +1981(estudou a linguagem do inconsciente), C.G. Jung (sincronicidade e uso explicito dos conhecimentos astrológicos), S.Freud +1939(Complexo de Édipo - menção clara e direta da mitologia)
Portanto, observo que é presente nas obras de vários autores acima citados, que os elementos cognitivos e transpessoais favorecem a observação pragmática do mecânico dentro do sistêmico e do sistêmico como uma instancia maior da relação da percepção com a realidade. Esses elementos cognitivos e transpessoais auxiliam também, no campo da percepção extra-sensorial, favorecendo sair da bi-lateralidade (ex.: dualismo, maniqueísmo) presente entre essas forças e ingressar em uma compreensão maior, inter-relacionada, nessa ideia teremos o conceito “orgânico”, (sair da bolha para observar a própria bolha) manifestado em diversos sistemas.
O estudo da astrologia, tanto como técnica de compreensão humana, como uma analise da personalidade, é apresentada como uma espécie de fatoração da expressão de vida, ou uma partitura musical, onde, a expressão algébrica ou cada frase musical, se referencia aos 12 signos, às 12 casas, 11 elementos chamados de “astros” e aos 5 principais aspectos!
Vamos para a prática:
- Quais seriam as implicações que a sociedade teria, se os indivíduos começassem a investir um pouco de tempo pessoal para saber mais de si mesmo?
- Onde a humanidade, em que momento histórico, o conhecimento e a sabedoria foram substituídos por crenças e por “reducionismos teóricos” e colocado como subterfúgios para determinar uma realidade pautada em uma vontade alheia às próprias virtudes?
